Nova função permite bloquear telefone, linha e apps bancários a partir de outro aparelho ou de um computador, desde que o titular use a conta gov.br vinculada ao CPF da linha
O Ministério da Justiça anunciou nesta quinta-feira que o programa Celular Seguro passou a permitir o bloqueio de aparelhos roubados ou furtados mesmo quando o smartphone não tem o aplicativo instalado. A ferramenta pode ser acessada por outro celular, tablet ou por um computador, desde que o cidadão faça login com sua conta gov.br.
Como funciona o bloqueio sem o app
Segundo o governo, basta entrar no site ou no aplicativo do Celular Seguro a partir de qualquer dispositivo e efetuar o login com a conta gov.br. Para concluir o pedido de bloqueio, a conta usada precisa estar registrada com o mesmo CPF que consta junto à operadora da linha telefônica. Com isso, a operadora realiza a verificação e executa o bloqueio do aparelho, da linha e, se solicitado, de aplicativos financeiros vinculados.
O que é exigido — e o que não é necessário
O processo exige que o usuário informe a data e o horário do furto ou roubo e o número da linha utilizada no aparelho. De acordo com o Ministério da Justiça, não é mais preciso fornecer o IMEI do telefone para ativar o bloqueio. O prazo para registrar a ocorrência e solicitar o bloqueio é de até 15 dias após o incidente.
Quem pode solicitar o bloqueio
O bloqueio só pode ser feito pelo titular da linha telefônica habilitada. Por isso, ao acessar o portal gov.br será necessário usar a conta que contenha o mesmo CPF cadastrado junto à operadora. O secretário-executivo Manoel Neto afirmou que mesmo cidadãos que não tinham cadastro anterior no sistema poderão entrar no app e registrar o aparelho, bloquear o dispositivo, bloquear apps financeiros ou cadastrar um “modo recuperação”.
Alcance do programa e orientações para quem comprou aparelhos usados
Até o momento, cerca de 3,6 milhões de brasileiros já cadastraram seus aparelhos no Celular Seguro. Desde abril, o programa informou ter bloqueado 183 mil aparelhos com restrições. O sistema também passou a enviar mensagens a números que possam estar usando celulares roubados ou furtados, alertando sobre o registro de roubo no IMEI e orientando o usuário a regularizar a situação.
Quem encontrar um aviso no celular recebe instruções: se tiver a nota fiscal, deve ir à delegacia para esclarecer; se não tiver comprovante, a orientação é devolver o aparelho às autoridades. A medida integra ações para reduzir a circulação de aparelhos roubados e aumentar a proteção de dados e de contas bancárias vinculadas aos dispositivos.
O aplicativo Celular Seguro está disponível para Android e iPhone, e os usuários interessados podem baixar o app, fazer login com a conta gov.br e seguir os passos para registrar e proteger o telefone.
